Cassi adia prazo para adesão à proposta de pagamento das cobranças extras

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24 de dezembro 2024

A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) reuniu-se na manhã de segunda-feira (23/12) com representantes da Cassi (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil) para debater a suspensão das cobranças extras direcionadas aos funcionários do Banco do Brasil associados à entidade.

As cobranças envolvem recursos referentes a ações trabalhistas e acordos firmados em CCV/CCP (Comissão de Conciliação Voluntária ou Comissão de Conciliação Prévia) no período entre julho de 2010 e setembro de 2023. Segundo o movimento sindical, o Banco do Brasil, à época, não efetuou os recolhimentos obrigatórios à Cassi, deixando de descontar sua parte e a dos funcionários, mesmo após alertas do movimento sindical sobre a obrigatoriedade do procedimento.

Cassi prorroga prazo, mas Contraf exige suspensão total

Em resposta à pressão sindical, a Cassi prorrogou até o dia 24 de janeiro de 2024 o prazo para adesão à proposta de pagamento. No entanto, a Contraf-CUT segue insistindo na suspensão total das cobranças, posicionando-se contra os juros e correção aplicados, a ausência de um valor máximo de pagamento e a impossibilidade de contestação por parte dos bancários.

“O movimento sindical não vai parar de lutar pelos bancários e as bancárias. Mais de 35 mil pessoas não aderiram e, assim, manifestaram discordância com essa proposta da Cassi, isso é claro!”, afirmou Gustavo Tabatinga Jr., secretário-geral da Contraf-CUT.

A Contraf-CUT orienta os bancários e as bancárias a NÃO aderirem à proposta da Cassi neste momento, enquanto melhores condições continuam sendo negociadas. Além disso, recomenda que os Sindicatos locais identifiquem e ofereçam suporte aos trabalhadores que estão sendo cobrados, reforçando a unidade da categoria.

"Após a cobrança da Contraf conseguimos que a proposta de adesão fosse adiada até dia 24 de janeiro, além disso a Cassi também está avaliando propostas apresentadas , como a redução das parcelas mínimas mensais, ampliação do prazo de pagamento parcelado para até 72 meses e pagamento sem juros para quem parcelar o valor devido em até 12 meses (porém sem a incidência de desconto). A Contraf também reforçou que irá exigir que o Banco do Brasil possibilite que os associados façam o pagamento sem incidência de juros e correção: “cobramos do Banco do Brasil que seja criada linha de PAS específica para este fim, o que melhoraria muito as condições de pagamento.", afirma Fernanda Lopes, coordenadora da CEBB.

“Continuamos discordando da aplicação de correção e juros, da ausência de valor máximo, assim como da ausência da possibilidade de contestação dos valores pelos bancários. A Contraf-CUT está ao lado dos trabalhadores e não medirá esforços para solucionar esta situação de forma justa”, concluiu Gustavo Tabatinga.

Fonte: Contraf-CUT