Bancários cobram maior atenção aos afastados em reunião GT de Saúde do Itaú
16 de março 2024
O GT (Grupo de
Trabalho) de Saúde do Itaú voltou a cobrar da direção do banco, na sexta-feira
(15/03), o prosseguimento das negociações das cláusulas 61 e 87, da CCT (Convenção
Coletiva de Trabalho). A primeira trata da prevenção de conflitos e assédio moral
no local de trabalho e dos canais de denúncia. A segunda, por sua vez, aborda
as formas de acompanhamento das metas por parte dos bancos.
Os representantes dos trabalhadores também questionaram sobre o PCMSO (Programa
de Controle Médico de Saúde Ocupacional), Fluxo de afastamento e Programa de
Retorno. O banco remeteu os pontos da Cláusula 61 e PCMSO para que seja tratado
pela mesa bipartite de saúde.
Sobre a Cláusula 87, foi reivindicado a construção de um documento em conjunto
sobre acompanhamento de metas. O tema volta a ser debatido em outra
oportunidade.
Fluxo de afastamento
O Itaú apresentou o
fluxo de afastamento, no qual o trabalhador cadastra seu atestado no IU Conecta
para dar início a sua licença. Os dirigentes sindicais questionaram o banco
sobre os trabalhadores que estão licenciados e não têm acesso ao aplicativo. O
banco respondeu que o motivo do acesso ser cortado é falta de atualização
cadastral para renovação de senha, feita a cada 60 dias.
“Por isso é muito
importante a atualização do e-mail e telefone. Pelo IU, o bancário é comunicado
da necessidade e a data da perícia agendada, como também recebe o Declaração do
Último dia Trabalhado, a DUT, na data do último dia trabalhado”, salientou
Valeska Pincovai.
O banco alega que,
no fluxo, todas as informações são repassadas. Os representantes dos
trabalhadores disseram que os bancários continuam enfrentando problemas como
desvio de documentação, data de DUT com erro, demora nas respostas dos
problemas repassados ao banco e total falta de informação. O Itaú se
comprometeu a trabalhar nas melhorias.
Os representantes
dos trabalhadores expuseram a necessidade de um atendimento humanizado para
acolher o trabalhador. “Na hora do adoecimento, ele fica fragilizado e precisa
desta atenção por profissionais especializados”, afirmou Valeska.
Também foram
relatados problemas com o atendimento da Central de Pessoas. “Apontamos as
falhas na comunicação e a necessidade da criação de uma cartilha do fluxo de
afastamento, e o banco aceitou que façamos em conjunto. Também nos apresentaram
uma página interna chamada Conexão Saúde, na qual estas informações são
disponibilizadas”, explicou a dirigente sindical.
O GT ainda levou à
mesa de negociação o problema que algumas bases estão enfrentando com os planos
de saúde e ficou combinado que será definida uma data para realização do
debate.
A próxima reunião
terá como pauta a construção da cartilha de fluxo de afastamento e a
apresentação das melhorias no Programa de Retorno Recomece.
“Apesar das
melhorias na Área de Licenças, apresentadas pelo banco, o que chega para os Sindicatos
é um total descaso com as pessoas que adoecem que ficam sem informações e
perdidas quando se afastam, por isso, a necessidade da melhoria na comunicação
e acolhimento”, finalizou Valeska Pincovai.
Fonte:
Contraf-CUT