No segundo dia do 30º Curso do NPC (Núcleo Piratininga de Comunicação), nesta sexta-feira (6/12), no Rio de Janeiro, os debates destacaram a importância da Comunicação Sindical, como instrumento de luta da Classe Trabalhadora.

Foi lembrado pela jornalista Claudia Costa, do Rio de Janeiro, o processo de mudanças nas mídias, exigindo do movimento sindical uma adaptação para levar informações às suas categorias por meio das redes sociais, sem deixar de lado os jornais impressos, revistas, boletins, carros de som e outros meios eficazes para viabilizar a comunicação com trabalhadores.

O secretário de Comunicação do Sindicato de Curitiba, Júnior, falou sobre a brutal redução de postos de trabalho na categoria bancária nos últimos tempos, salientando a participação dos bancos na elaboração da reforma trabalhista de 2017, que criou formas de precarizar empregos no país. “Os bancos enviaram ao Congresso Nacional mais de 200 propostas de alteração na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e hoje aproveitam isso para terceirizar serviços bancários, reduzindo assim seus custos com pessoal para aumentar seus lucros”, disse.

Diante desse cenário, Júnior afirmou que é importante manter a categoria mobilizada, com o uso de uma comunicação eficaz para combater a precarização do trabalho no setor financeiro e do atendimento à população.

Para encerrar a programação do Curso na manhã desta sexta-feira (6),o professor João Cezar de Castro Rocha falou sobre o domínio das redes sociais pela direita, passando pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e o empresário/político influencer Pablo, que usou seu prestígio na internet para concorrer à Prefeitura de São Paulo este ano.
João Rocha também aproveitou o evento para lançar seu livro “Bolsonarismo – Da guerra cultural ao terrorismo doméstico: retórica do ódio e dissonância congnitiva coletiva”.

Dirigentes e assessores dos Sindicatos de Londrina, Arapoti, Paranavaí e de Curitiba no 30º Curso do NPC

Democratização dos meios de comunicação

Na parte da tarde, os painéis abordaram temas ligados ao monopólio das grandes redes de comunicação para a difusão das informações no Brasil. O que reforça a necesidade de se ter uma rede pública de comunicação de massa.arização do trabalho ao forçar trabalhadores a atuar como “empreendedores”, ganhando a vida como motoristas de aplicativos e outras atividades com remuneração baixa e sem direitos garantidos.  

Por Armando Duarte Jr.